O anemógrafo é um instrumento de medição que regista a direção e a velocidade do vento.
O anemógrafo de Herrmann foi encomendado em 1884 por Soares Andrea – primeiro diretor do Observatório da Serra do Pilar – à Casa Herrmann, na Calçada do Lavra, em Lisboa, a mais antiga oficina portuguesa dedicada à construção de instalações elétricas e especializada também no fabrico de instrumentos de precisão e aparelhos para laboratórios e observatórios. O instrumento chegou ao IGUP em 1887 pelo preço de 400$00.
O instrumento foi produzido por Maximiliano Augusto Herrmann, que havia sido inspetor das linhas telegráficas da Companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses do Norte e Leste. Herrmann foi o responsável pela regularização e simplificação do recetor Morse e pelo desenvolvimento do telefone de mesa que, juntamente com o telegrafista Cristiano Augusto Bramão, melhorou, concebendo o primeiro auscultador e mirofone numa só peça, o telefone de parede.
Quando chegou ao IGUP, o anemógrafo tinha um udógrafo anexado, que permitia registar as horas em que chovia. No entanto, após ter sido desmontado para modificações, deixou de estar anexado ao anemógrafo desconhecendo-se o seu paradeiro atual.
Sistema de registo do anemógrafo mecânico de Herrmann: há uma mesa de inscrição dos gráficos sobre a qual se encontra uma prancheta horizontal móvel, cujo desclocamento ao longo do dia permite identificar a direção e velociadade média do vento; o suporte do papel desliza ao longo de todo o seu comprimeto, conduzido por um relógio mecânico, e o registo da direção do vento é alcançado através de uma peça em forma de coração, de grossura variável, montada no eixo de um cata-vento exterior.
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